DO DESENVOLVIMENTO À MATURIDADE DA REDUÇÃO FENOMENOLÓGICA (1905-1913) – PDF COMPLETO CLICK AQUI
Resumo: Com o escopo de reconstituição histórico-epistemológica, expõe-se uma análise temporal do conceito “Redução Fenomenológica” em seus aspectos principais em obras de Husserl datadas de 1905 a 1913. Encontraram-se duas fases do conceito (1905-9/ 1910-13). A primeira diz respeito ao seu começo, enquanto início de uma Teoria do Conhecimento. Já a segunda versa sobre aquisições que obras posteriores mais maduras evocaram. Conclui-se o trabalho com reflexão de que a Redução Fenomenológica tem um indiscutível caráter de constância no pensamento de E. Husserl.
“FRITZ PERLS HUSSERLIANO?”: UM PONTO DE VISTA COMPARATIVO – PDF COMPLETO CLICK AQUI
Resumo: Na academia psicológica brasileira, é comumente aceita a noção de que a Gestalt-Terapia possui tão sérias aproximações teóricas com a Fenomenologia que nos é válido chamá-la de uma “Abordagem Fenomenológica”. Nosso objetivo é contribuir para a discussão sobre se a Gestalt-Terapia pode ser classificada dessa forma. O trabalho consiste numa pesquisa teórica que escolheu quatro pontos de possível comparação analítica entre as teorias para que se pudesse atestar que nível de aproximação existe entre elas. Dos quatro pontos escolhidos, nossa análise apontou que apenas dois apresentavam aproximações parciais, enquanto dois apresentaram distanciamentos radicais. Considerou-se tal resultado pouco convincente à afirmação de que a Gestalt-Terapia é uma Abordagem Fenomenológica.
LOCKE E A QUESTÃO DA LIBERDADE DETERMINADA – PDF COMPLETO CLICK AQUI
Resumo: Objetiva-se analisar as noções de determinação da ação humana e de liberdade enquanto atributo antropológico no pensamento lockeano, com vistas sobretudo a vislumbrar a maneira segundo a qual estes conceitos
interagem e coerem teoricamente. Neste esforço, encontrou-se, em primeiro lugar, a ideia de liberdade definida unicamente no âmbito da potencialidade. Sobre a causação de ações, há, em primeiro lugar, a determinação (da
ação voluntária) pela volição, que por sua vez é causada pela (maior) uneasiness. Classificamos, de um ponto de vista da metafísica da causalidade, tal causa como finalística, negativa, hedônica e egoísta. Contudo, acréscimo de
edições posteriores, Locke fala de uma suspensão do ato de querer. Nesse caso excepcional, estamos livres para o ato do querer, embora não se trate de indeterminação. Em termos de sua determinação (pelo bem maior) é possível classificá-la enquanto finalística e hedônica, mas heterogênea em respeito à causação pela uneasiness, incorrendo, deste modo, em dualismo causal. O artigo é finalizado com a aproximação de Locke com um compatibilismo, no entanto sem ser de ordem soft deterministic, como alguns dos seus “correligionários” do Liberalismo Inglês. Para o autor, “liberdade” e “determinação” são conceitualmente independentes.
SOBRE A RELAÇÃO ENTRE OS NÍVEIS DE LÓGICA DOUTRINÁRIA NOS PROLEGÔMENOS À LÓGICA PURA DE E. HUSSERL – PDF COMPLETO CLICK AQUI
Resumo: Concentrando-se no volume introdutório das Investigações Lógicas, de E. Husserl (Prolegômenos à Lógica Pura), a presente pesquisa objetiva clarificar as interações entre suas concepções de Lógica enquanto disciplina. Esta tarefa foi desempenhada, principalmente, expondo-se suas respectivas posições ante os estratos de Ciência, também sacados da obra. Neste sentido, obteve-se que cada uma destas doutrinas diz respeito a uma parte própria da Ciência. Assim, a Lógica Simplesmente Normativa tem suas sentenças direcionadas ao Conhecimento, entendido de maneira subjetiva e ideal. A Lógica Prática volta-se para métodos de pesquisa, regulando atividades cientificas humanas. No entanto, o que é mais significativo para todas estas disciplinas é que elas o fazem de maneira geral, abrangendo globalmente semelhante suas áreas correspondentes de ciência. Com isto, encontra-se, partindo da noção de que conhecimento é subjetivação da objetividade, que estas disciplinas se subordinam à Lógica Pura, que, por sua vez, tem leis formais voltadas, de maneira generalíssima, para toda a objetividade da ciência. Neste sentido, a contribuição principal aportada pela pesquisa é a ideia de um fluxo hierárquico entre as doutrinas, que emana da Lógica Pura até chegar, passando pela Lógica Normativa, à Lógica Tecnológica.
HEIDEGGER, DESCARTES E A METAFÍSICA MATEMÁTICA – PDF COMPLETO CLICK AQUI
Resumo: Heidegger, ao longo de sua obra, apresenta duas formas que a metafísica pode se manifestar. Aqui, lançamos nosso olhar para sua segunda vertente: a Matemática. Desse modo, objeta-se apresentar uma sistematização geral sobre esta concepção no que se refere ao método de René Descartes e as críticas perpetradas pelo filósofo da Floresta negra. Encontrou-se, em primeiro lugar, como solo fundamental desta metafísica, a escolha ontológica prévia que o matemático faz sobre os entes pesquisados, ou seja, a própria matematização. Em segundo lugar, expôs-se a concepção do autor no tange a extensão e a consequente previsibilidade daí advinda. Em seguida, discorre-se sobre aspectos mais propriamente metodológicos da matemática, enquanto metafísica. Depois, apresenta-se as principais críticas à Descartes e sua “aparente radicalidade”. Por fim, conclui-se que a metafísica cartesiana não foge à tradição “ontoteológica”, caracterizando-se, ainda, como “esquecimento do ser”.
APONTAMENTOS EPISTEMOLÓGICO-CRÍTICOS SOBRE A DASEINSANÁLISE BINSWANGERIANA – PDF COMPLETO CLICK AQUI
Resumo: Dada a pouca presença do pensamento binswangeriano no Brasil e, mais especificamente de sua epistemologia, justifica-se a importância deste trabalho, cujo objetivo é abordar, criticamente, três aspectos epistemológicos fundamentais para o entendimento de tal esboço de ciência. Em primeiro lugar, versaremos sobre a filiação de Binswanger com o Método Fenomenológico como um todo e sua possível aplicação na Psicopatologia. Depois, discutiremos a importante distinção entre Daseinsanálise e Analítica do Dasein, mostrando convergências e divergências do nosso psicopatólogo com o pensamento heideggeriano. Por último, mostraremos de onde parte a concepção de normal e patológico, segundo o autor. Concluímos que, apesar de existirem alguns problemas de ordem epistemológica, Binswanger acerta em alguns aspectos e é, sim, um autor válido para trabalhar-se em Psicopatologia, pelo viés fenomenológico.
ALGUMAS NOTAS SOBRE O CONCEITO DE CONSTITUIÇÃO DER. CARNAP NOAUFBAU E O CONCEITO DECONSTITUIÇÃO DEHUSSERL – PDF COMPLETO CLICK AQUI
Resumo: Este artigo volta se para o conceito de constituição e algumas noções a esta mais imediatamente relacionadas, contidos no Aufbau de R. Carnap e em trabalhos de Husserl, que podem ter tido alguma influência ali, a fim de encontrar semelhanças e diferenças entre elas. Esperamos isto que contribua para essa avaliação da hipótese plausível, recentemente levantada na literatura, de uma influência do pai da fenomenologia não suficientemente explicitamente creditada em Aufbau. A estratégia argumentativa foi expor, primeiramente de maneira separada, os pontos relevantes a cada vertente e depois fazer o exame comparativo. Essa primeira análise ocorreu sob dois aspectos gerais, a saber, abordar, por um lado, a própria noção de constituição e o que é um sistema seu e, dado o fundacionalismo implicado atribuído a essa noção, os dados que estão na base de um sistema como este. Depois, passamos a examinar as diferenças e semelhanças entre tais exposições. Como resultado, foram observadas semelhanças no sentido que as duas implicam uma tese mais ampla do fundacionalismo; eles propõem, nisto, um sistema abrangente. Além disso, eles afirmam que o fato de haver uma diferença entre um objeto de nível inferior e um objeto de nível superior não implica entre eles a composição mereológica ou alguma comunalidade necessária de propriedades. No entanto, também existem diferenças quanto ao tipo de relacionamento que as noções de constituição implicam em cada caso. Também foram encontradas distinções sobre o papel das sensações em cada sistema; mas, nesse sentido, há, em ambas as perspectivas, também semelhanças quanto ao seu estatuto. O artigo conclui se com a noção de que deve haver influências husserlianas no Aufbau que não sejam suficientemente creditadas. No entanto, não é razoável o diagnóstico de extrema importância da influência de Husserl.